29 abril 2007

Fim de semana

Mais uma reciclagem, desta vez a um pijama (a foto saiu um pouco deslavada). A aplicação dos tecidos feita à máquina é mais rápida, mas fazer os contornos é mais dificil do que parece. Fiz um esboço num papel que depois fui transferindo para cada cor. A figura do caracol é uma homenagem à minha iguaria culinária favorita de Maio a Agosto (o resto do ano é passado com grande desgosto, snif). Fiquei com vontade de experimentar mais aplicações e numa vista de olhos aos livros do T. cheguei à conclusão que os livros de colorir infantis são uma fonte espantosa de moldes e ideias.


O programa de domingo foi Ovibeja. O conteúdo é em tudo semelhante à nossa (para os algarvios) Fatacil, mas confesso que fiquei um pouco decepcionada. Primeiro pela dimensão, e depois por ser uma feira designada agricola e artesanal, mas onde se verifica um exagero de outros produtos que a meu ver não se enquadram minimamente no contexto da mesma. O que se esperava de uma mostra do que melhor se faz na nossa terra, é no fundo uma miscelânia de tudo um pouco, desde stands (muitos) dos variados brinquedos "made in china", artigos peruanos, africanos, até uma agência viagens com um indio pataxó a promover viagens ao Brasil. Esperava ver mais o nosso artesanato, do autêntico, tradicional e "handmade", desse vi muito pouco. Trago na memória as imagens de mães e filhos que me enterneceram e viemos para casa com uns bichinhos que não via desde pequena, bichos da seda (o que obrigou , na volta para o Algarve, a esticar o passeio à procura de uma amoreira para reabastecer os esfomeados).


27 abril 2007

Selva alentejana

Com o dia a ameaçar chuva fui comemorar o feriado aqui, um pouquinho longe de casa, mas valeu a pena.



Mais fotos no flickr.

25 abril 2007

Encomenda especial

Desta vez da minha mana que pediu uma mala igual (mais ou menos) à minha. Em vez de lhe apresentar o produto já acabado, achei que seria mais interessante levá-la a participar na confecção do mesmo. Resultado: uma aprendiz muito interessada, com a mala escolhida ao gosto dela, mais um par de mãos para ajudar (da mãe) e uma tarde de domingo passada a três, envolvidas em carinho, agulhas e linhas.

No outro lado da casa, noutra secretária também se criava. Mas com papel, tesoura e lápis, muitos lápis. No chão, claro, para se escolherem melhor (segundo o T.).

23 abril 2007

Ainda a reciclagem

Fico feliz por verificar que o feedback deste post foi muito positivo e que inspirou esta e esta menina a publicarem um post sobre o mesmo assunto (a ambas agradeço a referência). Desde então já fiz mais dois sacos ( porque nunca são de mais) que vou colecionando atrás da porta da cozinha. Com um pouco de esforço, vou educando o hábito e quase sem dar por isso torna-se rotineiro o gesto de não sair de casa sem levar 1 ou 2 para o carro. Sim, porque de nada serve tê-los em casa e depois quando são precisos nunca estão por perto. E tem funcionado muito bem.
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Aos poucos tudo o que envolve o assunto reciclagem vai tomando mais e mais importância. Desde pequena que me lembro que deitava o vidro sempre no vidrão e todo o resto era deitado fora junto com o lixo orgânico, também não havia contentores próprios para o efeito. Hoje separamos desde as tampinhas de plástico, às pilhas, rolhas de cortiça, radiografias, para além de claro o papel, o plástico e o vidro. O Algarve é a região com a maior taxa de lixo depositado para a reciclagem, mas no geral todo o país está bastante sensibilizado para o assunto. Longe vai o tempo em que separar o plástico e o cartão não fazia sentido, hoje encontrar um contentor com espaço para pôr mais um saco é uma miragem (pelo menos perto de minha casa, chego a andar com o lixo no carro à procura de outras ilhas ecológicas).
Devagarinho se chega lá, foi pena termos começado tarde.
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E ainda à volta do mesmo, no outro dia ouvi uma notícia no rádio que me deixou "à nora". Também tenho o hábito de levar à farmácia as embalagens vazias e os medicamentos fora da validade, para que sejam destruidos com segurança. Qual não foi o meu espanto quando foi noticiado que o Infarmed trata os medicamentos da mesma forma que o lixo normal, por não haver uma quantidade de lixo que viabilize financeiramente o seu adequado tratamento. Aja decoro! Tanta publicidade para que não se deite nada fora, mas se entregue na farmácia, para nas nossas costas, ir parar ao lixo na mesma.
Não vou deixar de levar os medicamentos à farmácia, mas ainda vou descobrir a quem e para onde fazer uma reclamação sobre o assunto, é só uma queixa, mas é a minha, pode ser que outras venham e que poucas se tornem muitas.
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Outra questão são as quantidades absurdas de comprimidos por embalagem, dos xaropes, etc, quando na maior parte das vezes nem 1 terço é utilizado. Não seria mais lógico adaptar a dosagem das embalagens, criando vários tamanhos de modo a ir ao encontro das necessidades dos pacientes? Mas talvez pagar mais quantidade de produto e tratar os residuos (???) talvez seja mais lucrativo para alguém.

19 abril 2007

Lavar a cara

O que fazer com uma camisola meio sem graça?




Personalizá-la com letras, por exemplo... Ele nem notou, diz que a camisola é nova e gira porque tem a letra dele.


Tcharam...

E cá está desvendado o mistério! Pronta e acabada a capa da minha amiga Singer.



Ó p'ra ela a posar toda vaidosa no seu cantinho. Ela costuma ficar em cima da secretária na marquise que também serve de lavandaria por isso apanha muito pó da roupa. Na verdade quando a comprei ela vinha com uma capa rígida de plástico, mas nunca gostei muito da dita, por isso achei que a minha amiga merecia uma roupita mais janota. E não é que ela gostou, mesmo forrada e acolchoada, diz que nem se importa com o calor. Ah, valente!

17 abril 2007

Sol

Domingo foi dia de disfrutar do sol, sair para a rua e aproveitar para visitar a feira de produtores e artesãos de Faro, de onde trouxe este porta chaves tão bonito desta menina. O porta chaves quando chegou ao carro foi obrigado a mudar de dono graças à chantagem sentimental filho/mãe, mas ficou combinado que eu posso dar umas voltinhas com ele de vez em quando. Acho que não fiz mau negócio.

E parece que não fui a única a sair da casca, esta menina também foi (aproveito para subscrever as suas palavras em relação à feira), só foi pena não nos termos cruzado.

(Porta chaves da mãos de fada e o meu livro de cabeceira do momento)

Quem também saiu à rua junto com o seu dono foi esta bolsa de telemóvel que o meu cliente especial me encomendou há uns tempos (especial, leia-se, o meu marido). Queria uma bolsa para usar no trabalho mas tinha que ser maleável para não fazer muito volume debaixo da blusa e prática na abertura. Procurei e procurei em todas as lojas da cidade, mas só encontrava bolsas rígidas. Vai daí, mãos à obra, e com um pedaço de pele (que até nem é assim tão mau de coser na máquina) saiu este protótipo, que fez um cliente satisfeito. Tão satisfeito que já recebi outra encomenda numa cor mais escura (versão de Inverno). E como agradecimento, os meus honorários foram pagos com uma secção de modelo fotográfico para o meu blog.











Antes de ir para casa ainda houve tempo de brincar no parque enquanto o sol não foi embora.

14 abril 2007

A meio caminho

Este é um projecto que vai a meio e que por enquanto vou só mostrar um bocadinho. O que será? Posso dizer que é mimo para uma "amiga" querida (mais querida numas vezes, menos querida quando se arma em teimosa comigo) que embora o calor esteja à porta, estou certa que não se importará com a surpresa.

Tenho o hábito de guardar numa caixa todos os retalhinhos que vão sobrando e volta e meia vou rebuscando à procura do bocadinho ideal que faltava. Este com o cãozinho é uma sobra de um babygrow do filho de uma amiga que me pediu há uns tempos para fazer um arranjo, tirando a parte do pé do fatinho para que este servisse durante mais algum tempo. Claro está, guardei os minusculos retalhinhos que sobraram e embora seja um pesadelo para unir aos outros pois são de malha e teimam em fugir da agulha, dando origem a um resultado meio tosco, gosto tanto deles e cada vez que olho para eles fazem-me sorrir ao lembrar do meu "sobrinho" emprestado.

Porque é que será que tenho a tendência de começar várias coisas ao mesmo tempo, dando origem a este caos (caos saudável, na minha opinião). Embora o aspecto não seja do mais agradável à vista, gosto da sensação de saltitar de tecido em tecido, de um lado para o outro, fazendo um pouquinho aqui e ali e no fim, isso sim a melhor parte, ir terminando um a um, arrumando os perdidos e achados, até a arrumação se instalar novamente (embora não por muito tempo). Serei só eu? Hum, se calhar não.

Para todas um bom fim de semana, deste "atelier" desarrumado.

12 abril 2007

Isto e aquilo

Embora não sejam nenhuma novidade, na verdade nunca tinha feito nenhuma e como são daqueles projectos de 15 minutos (o que me convêm, pois durante a semana é o que se arranja) experimentei a branca com o viés de florinhas. Não saiu mal e vai daí, mais duas lhe vieram fazer companhia.



Mas o que me apetecia mesmo mesmo era isto, mas o tempo não chega...



Mas voltando aos projectos rápidos, esta manhã (como todas as manhãs) vou levar o meu filho à escola às 8 horas e como só entro no trabalho às 9h, fico com algum tempo livre para dar uma arrumação na casa, na loiça, pôr a máquina da roupa a lavar, estender roupa se houver, passar a ferro..... Soa bem, não soa? Pois realmente fica-me muito bem enfiar a carapuça de fada do lar, mas a verdade, verdadinha é que acabo por ir a correr para o trabalho, não, não é porque despi a farda de dona de casa à pressa mas sim porque não consigo passar pela minha secretária sem me sentar nem que seja para fazer mais uma florinha. Mas shiu... não é para contar nada a ninguém.


Bom, e agora peço licença porque depois de já ter jantado, depois de ter comido ... humm... não vale a pena dizer quantas batatas doces assadas em frente ao computador, está alguma coisa no forno a pedir a minha assistência.


(acho que já houve ali um dedo de ratinho. Ai o malandro!)

09 abril 2007

Novas aventuras

Há já algum tempo que tenho vontade de fazer roupa, roupa a sério, para vestir. O problema é que é muito mais complicado do que parece e não tenho ninguém que me pudesse ensinar nem cursos para frequentar. Mas como sou teimosa e não consigo descansar enquanto não faço algo que tenho em mente, comprei uma revista Burda, tirei também uns moldes da internet e no domingo armei-me de tesoura na mão e com um tecido para experiências moldei, cortei, errei, fiz de novo, risquei, cosi e de um mar imenso de tecido, linhas e restos (que tenho imensa pena de não ter tirado uma foto, mas o entusiasmo era tanto que não deu tempo) nasceu uma SAIA. Foi um problema acertar com os moldes, o caderno de explicações era em inglês e com termos que uma leiga como eu não entende, mas é tentando e errando que se chega lá. No final fiquei com uma saia que devido ao padrão terá que ficar para o próximo Carnaval, mas a alegria de ter conseguido ninguém me tira. Mas agora que começei estou cheia de vontade de meter mãos à obra num tecido a sério, depois mostro o resultado.

03 abril 2007

Aprendiz dedicada

A Prima A. é uma menina muito feminina, e está a descobrir com muito entusiasmo o universo crafty. E vai daí, quando vem de visita, vem ter com a esta prima para dar uso à inspiração. Gosta de crochet, de tricot, muito de ponto cruz e mais que tudo adora a máquina de costura. Na última visita, entre linhas, trapos e dar ao pedal, fizemos esta almofada de alfinetes para ela usar quando costura.




Do campo

Faz-me lembrar umas florinhas que apanhava quando era pequena, arrancava-as uma a uma e brincava às cozinhas nos tachos e panelas de brincar.

01 abril 2007

Se calhar é contagioso

(fim de semana, no sofá)

. Mãe, o que estás a fazer?
. Ponto cruz, filho.


















. Ahh... Também posso fazer tricot?
. Não é tricot, é ponto cruz.
. Ah pois. Tens agulha e linha para mim?

Domingo em flor


De branco

Fiz esta pregadeira através de um tutorial de um blog que presentemente penso que já não existe ou pelo menos o blogger não deixa carregar (alicedissesim.blogspot.com). Embora não pareça, é extremamente simples de fazer e faz um efeito muito bonito. Também se podem aplicar botões, fitas ou até feltro em forma de folha, mas eu gosto mais dela assim, simples.

Pronto e no lugar

Acabado há muito mais tempo do que aquele que demorou a fazer, mas finalmente foi colocado no seu cantinho, mesmo por cima da mesa da costura.

Gosto muito das cores, do padrão, da luz e alegria que dá à parede.

A fotografia não está grande coisa, mas tive dificuldade por causa das várias janelas, atrás, à frente e do lado, depois o flash fazia reflexo no vidro do quadro, enfim, de tantas, esta é a menos mal.
A moldura, encomendada numa loja da especialidade sofreu vários contratempos, foi feita e refeita até finalmente ficar em condições.
E agora as minhas galinhas descansam alegremente, debicando flores e disfrutando de vista priveligiada para a rua.